A filosofia nascida nos séculos VI – V a.C, remonta principalmente em uma oposição aos mitos. Em um momento único na história da humanidade, surgiram teorias propunham explicar que a terra não teria sido criadas pelos deuses; nós não estaríamos no centro do universo como descrito na teoria geocentrica de Ptolomeu; as estrelas seriam apenas sois muitos distantes.
Nascera uma explicação do mundo sem a interpretação dos mitos. Os pré-socráticos - como eram chamados aqueles que foram anteriores a Sócrates, deram um pontapé inicial para o nascimento das ciências.
Por volta do século IV a.C, pelas praças de Atenas, caminhava um senhor que colocava em debates assuntos que eram comuns ao gregos, mas que estes jamais ousaram se questionar ou aprofundar. Os diálogos de Sócrates, conhecidos hoje graças aos textos de Platão, são as relíquias do passado da filosofia grega e Socrática. Temos então uma atividade voltada para o homem em sociedade e de como lidam com seus valores e preceitos diários. A filosofia deixa os princípios metafísicos da existência dos seres e volta-se para a compreensão do homem como ser-no-mundo.
Objetivo deste texto não é em seu foco principal, a história da filosofia, mas, criar uma ponte da mesma com a psicanálise apontado os caminhos que nos trouxeram a moderna ciência do estudo do comportamento humano.
A teoria psicanalítica, tem sua origem nos estudos de Sigmund Freud (1856-1939), e nos ensaios sobre a histeria de Jean Martin Charcot e Josef Breuer, e os estudos fisiológicos dos transtornos mentais, e de como estavam muito relacionado com certos tabus e fobias sociais.
Surgindo então, o termo inconsciente proposto por Freud como “Todas as experiências adquiridas não desaparecem, elas ficam “guardadas” num processo que chamamos de inconsciente (id – ego – superego). Aqui encontram-se todos impulsos (instintos) que são reprimidos pela cultura. Porém pode se expressar em um transtornos quando estes começam a se desestruturar na vida do indivíduo .
O mais polêmico da Teoria Freudiana, foi a retirada do “livre arbítrio” que segundo o qual - o homem era totalmente consciente de suas ações. Mas este propôs que são os impulso (instintos) que movem a vida das pessoas e animais em diferentes situações. Portanto a perda dessa “liberdade do ser” defendidos tanto tempo pelos filósofos como centro da razão, perde-se no contexto de que homem passa à não ser mais nem o centro de si mesmo.
Em seus livros e artigos publicados como Totem e Tabus e O mal-estar na civilização, corroborou com a tão conhecida atualmente teoria psicanalítica freudiana.
Surge um
homem Teórico
O homem
desde seus primórdios tentam inferir na natureza; e com sua curiosidade busca a
compreensão dos fenômenos que os cercam. Ele é um ser destinado a desvendar as
leis que o circundam. Assim é o homem...
Ele
procura padronizar, esquematizar, colocando as coisas em seu devido lugar.
Existe, portanto, uma ordem no universo. A palavra grega Cosmos significa
(ordem ou disciplina) como é estruturado em sua totalidade
(Microcosmos/Macrocosmos). Logo, ao vivermos num universo ordenado, descobrimos
que este é também previsível, então acessível de uma possível explicação para
cada acontecimento. Essa explicação (teorizar) deve corresponder a bases
lógicas do raciocínio. Assim surge, por exemplo – o silogismo Aristotélico,
o método dedutível verdade:
“Todo
metal conduz eletricidade. O níquel é um metal. Logo, o níquel conduz
eletricidade.”
Então,
não basta para esse homem apenas especular, ele necessita constituir uma forma
de pensar e entender determinado fenômeno. Trata-se da teorização de um
acontecimento.
Assim,
teoria, do grego que significa (ver), se coloca como instrumento para deslindar
os fenômenos, do grego que significa (aparência ou observável). Portanto
representa o entendimento da natureza de forma estritamente racional. A
compreensão das aparências coloca-se como uma ferramenta organizadora
realidade.
Desse
modo, podemos conceitualizar teoria - como uma ordenação das coisas. Uma
relação entre o objeto e a interpretação do sujeito.
Uma
vez compreendida a natureza o homem passou a ter uma necessidade em
manuseá-la. Ele se eleva do processo da imaginação para a criação. O homem
torna se capaz transformar a natureza. Ele se torna um ser prático. Ao
organizar a realidade este deixa definitivamente de ser um repetidor e torna-se
um criador do mundo.
Surge um
ser prático
Historicamente,
quando falamos de evolução da espécie humana, estamos imediatamente remontando
a sua origem e utilização de ferramentas como lanças e outros instrumentos
rupestres etc. Não há uma linha única, ao qual pode se referir como o
nascimento da teoria e da prática. Apenas sabemos que em momento único na
história, este homem passou a se utilizar de instrumentos; e num outro instante
passou a aprimorá-las e melhorá-las. Neste exato período, a partir desde de
então, ele não apenas reproduziria através da repetição, mas passaria a
criar e repassar seu conhecimento para outras gerações. E com isso modificar a
natureza e desenvolver ferramentas sem ter a necessidade de recomeçar do zero.
A
trajetória do homem na natureza vai do nomadismo (coleta de raízes, fruto,
pesca e caça ) para o sedentarismo,( a implantação da agricultura e
agropecuária).
Podemos
demarcar uma linha do tempo e descrever suas realizações:
-
Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada - origem do homem perto de um milhão de
anos, até 10.000 a.C.
-
Neolítico ou Idade da Pedra Polida – de 10.000 a.C, a 4.000 a.C.
- Idade
Antiga ou Antiguidade - do surgimento da escrita 4.000 a.C, até a queda do
Império Romano em 476 d.C.
- Idade
Média - de 476 d.C, até a queda de Constantinopla em 1453.
- Idade
Moderna - de 1453, até o início da revolução Francesa em 1789.
- Idade
Contemporânea: de 1789, até os nossos dias.
Concluindo
- quando estamos nos referindo à esses períodos, estamos quase sempre nos
voltando para o homem e suas realizações. O Homem prático no fim sempre
deixa rastros. Que permite que seja identificado no tempo, assim seja pelas
suas vestimentas ou por seus instrumentos, desta forma descrevê-lo como pertencente
a uma determinada época, diferente dos animais que apenas deixam rastros
fósseis.