domingo, 29 de janeiro de 2012

O Nascimento das Ciências


Quando nos referimos à ciência em muito se perde o seu contexto original. Descrevemos como um conjunto de disciplina que especula a natureza das coisas. Podemos dizer que está definição está quase que totalmente errada. É o que  vemos acontecer na educação  oferecida atualmente. Ela é uma educação no sentido mais próximo de “Rapsodo” artista que recitavam seus poemas e cânticos, que contrastam com Paidéia – uma educação num sentido prático.
Não tenho como objetivo recontar de  formar sistemática o que é a ciência, mas partir de um ponto único, para então  podermos  divagar sobre os processos do métodos científicos, fazendo uma ressalva com os textos anteriores: Da filosofia à psicanálise: Surge um homem teórico;  Surge um ser  prático. São os capítulos   iniciais para o compreensão da ciência.
Dizemos para exemplificar, que a ciência é um conjunto de práticas (conhecimentos) que infere ao uso de  um método cientifico. Em resumo  tal hipótese (palpite, opinião), pode ser considerada verdadeira ou falsa, após passar por experiências que comprovem ou  à descartem.  Quando transcorrem as hipóteses de forma comprobatória, evolui para teoria e por  fim, num fato consumado.
Então, aqui temos a sua definição, sua origem e sabemos para que serve. Agora levaremos  ao caminho percorrido ao longo da história, a ciência como instrumento. Para a compreensão do universo em que estamos inserido, ao qual fazemos parte e  somos sem exceção, um objeto para estudos (Psicologia).



domingo, 15 de janeiro de 2012

Da filosofia à Psicanálise

A filosofia nascida nos séculos  VI – V a.C, remonta principalmente em uma oposição aos mitos. Em um momento único na história da humanidade, surgiram teorias propunham explicar que a terra não teria sido criadas pelos deuses; nós não estaríamos no centro do universo como descrito na teoria geocentrica de Ptolomeu;  as estrelas seriam apenas sois muitos distantes.
Nascera uma explicação do mundo sem a interpretação dos mitos. Os pré-socráticos - como eram chamados aqueles que foram anteriores a Sócrates,  deram um pontapé inicial para o nascimento das ciências.
Por volta do século IV a.C, pelas praças de Atenas, caminhava um senhor que colocava em debates assuntos que eram comuns ao gregos, mas que estes jamais ousaram se questionar ou aprofundar. Os diálogos de Sócrates, conhecidos hoje graças aos textos de Platão, são as relíquias do passado da filosofia grega e Socrática. Temos então uma atividade voltada para o homem em sociedade e de como  lidam com seus valores  e preceitos diários. A filosofia deixa os princípios metafísicos da existência dos seres e volta-se para a compreensão do homem como ser-no-mundo.
Objetivo deste texto não é em seu foco principal, a história da filosofia, mas, criar uma ponte da mesma com a psicanálise apontado os caminhos que nos trouxeram a  moderna ciência do estudo do comportamento humano.
A teoria psicanalítica, tem sua origem nos estudos de Sigmund Freud (1856-1939), e nos ensaios sobre a histeria de Jean Martin Charcot e Josef Breuer, e os estudos fisiológicos dos transtornos mentais, e de  como estavam  muito relacionado com certos tabus e fobias sociais.
Surgindo então, o termo inconsciente proposto por Freud como “Todas as experiências adquiridas não desaparecem, elas ficam “guardadas”  num processo que chamamos de inconsciente (id – ego – superego). Aqui  encontram-se todos impulsos (instintos) que são reprimidos pela cultura. Porém pode se expressar em um transtornos quando estes começam a se desestruturar na vida do indivíduo .
O mais polêmico da Teoria Freudiana, foi  a retirada do “livre arbítrio” que segundo o qual -  o homem era totalmente consciente de suas ações. Mas este propôs  que são os impulso (instintos) que movem a vida das pessoas e animais em diferentes situações. Portanto a perda dessa “liberdade do ser” defendidos tanto tempo pelos filósofos como centro da razão, perde-se no contexto de que homem  passa à não  ser mais nem o centro de si mesmo.
Em seus livros e artigos publicados como Totem e Tabus e O mal-estar na civilização, corroborou com a tão conhecida atualmente teoria psicanalítica freudiana.



Surge um homem Teórico

O homem desde seus primórdios tentam inferir na natureza; e com sua curiosidade busca a compreensão dos fenômenos que os cercam. Ele é um ser destinado a desvendar as leis que o circundam. Assim é o homem...
Ele procura padronizar, esquematizar, colocando as coisas em seu devido lugar. Existe, portanto, uma ordem no universo. A palavra grega Cosmos significa (ordem ou disciplina) como é estruturado em sua totalidade (Microcosmos/Macrocosmos). Logo, ao vivermos num universo ordenado, descobrimos que este é também previsível, então acessível de uma possível explicação para cada acontecimento. Essa explicação (teorizar) deve corresponder a bases lógicas do raciocínio. Assim surge, por exemplo – o  silogismo Aristotélico, o método dedutível verdade:

“Todo metal conduz eletricidade. O níquel é um metal. Logo, o níquel conduz eletricidade.”

Então, não basta para esse homem apenas especular, ele necessita constituir uma forma de pensar e entender determinado fenômeno. Trata-se da teorização de um acontecimento.
Assim, teoria, do grego que significa (ver), se coloca como instrumento para deslindar os fenômenos, do grego que significa (aparência ou observável). Portanto representa o entendimento da natureza de forma estritamente racional. A compreensão das aparências coloca-se como uma ferramenta organizadora realidade.
Desse modo, podemos conceitualizar teoria - como uma ordenação das coisas. Uma relação entre o objeto e a interpretação do sujeito.
Uma vez  compreendida a natureza o homem passou  a ter uma necessidade em manuseá-la. Ele se eleva do processo da imaginação para a criação. O homem torna se capaz transformar a natureza. Ele se  torna um ser prático. Ao organizar a realidade este deixa definitivamente de ser um repetidor e torna-se um criador do mundo.



Surge um ser prático

Historicamente, quando falamos de evolução da espécie humana, estamos imediatamente remontando a sua origem e utilização de ferramentas como lanças e outros instrumentos rupestres etc. Não há uma linha única, ao qual pode se referir como o nascimento da teoria e da prática. Apenas sabemos que em momento único na história, este homem passou a se utilizar de instrumentos; e num outro instante passou a aprimorá-las e melhorá-las. Neste exato período, a partir desde de então, ele não apenas reproduziria através da repetição, mas passaria  a criar e repassar seu conhecimento para outras gerações. E com isso modificar a natureza e desenvolver ferramentas sem ter a necessidade de recomeçar do zero.
A trajetória do homem na natureza vai do nomadismo (coleta de raízes, fruto, pesca e caça ) para o sedentarismo,( a implantação da agricultura e agropecuária).
Podemos demarcar uma linha do tempo e descrever suas realizações:

- Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada - origem do homem perto de um milhão de anos, até 10.000 a.C.
- Neolítico ou Idade da Pedra Polida – de 10.000 a.C, a 4.000 a.C.
- Idade Antiga ou Antiguidade - do surgimento da escrita 4.000 a.C, até a queda do Império Romano em 476 d.C.
- Idade Média -  de 476 d.C, até a queda de Constantinopla em 1453.
- Idade Moderna - de 1453, até o início da revolução Francesa em 1789.
- Idade Contemporânea: de 1789, até os nossos dias.

Concluindo - quando estamos nos referindo à esses períodos, estamos quase sempre nos  voltando para o homem e suas realizações. O Homem prático no fim sempre deixa rastros. Que permite que seja identificado no tempo, assim seja pelas suas vestimentas ou por seus instrumentos, desta forma descrevê-lo como pertencente a uma determinada época, diferente dos animais que apenas deixam rastros fósseis.